sinais

Um sinal se vislumbra.
Alguma tranquilidade que voltou...
Mais confiante, novamente!

É importante estarmos bem connosco próprios.

Algo de bom se avizinha...

Vamos esperar.
Eu sei esperar...

aniversário longínquo - pequenas férias

Foi no dia 24 de Maio, do ano passado, que comecei com este (inicialmente) "Fugas". Agora "Apontamentos e pensamentos".

Não estava acessível para registar o passar deste ano. Deixei por aqui alguns registos de sentimentos e acontecimentos. Tem sido bom escrever. Eu raramente escrevia.

Mas, neste dito aniversário, estava de férias. Umas férias repousantes, na praia. Férias para reflectir em coisas... na vida. No que se passou comigo neste último ano.

Conheci pessoas novas, de bem com a vida... cada um com o seu percurso.

Muito curioso o percurso do F... Um indíviduo sensível, reservado. Não sei se merece ter por companheiro o D... mas espero que tudo se vá passar bem. O que eles têm e vivem é uma realidade nunca por mim antes navegada. (Quase) Impensável para mim.

O F. foi o nosso cícerone em Rhodes. Os pais dele são de lá, embora ele tenha nascido na Bélgica.

Praias tranquilas...

pequenas vilas à beira mar...

ilhas...

igrejas e pequenos mosteiros bizantinos e ortodoxos...

história à mistura...

A Turquia lá ao fundo...

É óbvio que adoraria ter partilhado tudo isto com "aquela" pessoa. Mas tudo a seu tempo. Julgo que esses momentos chegarão.

Leitura de "café grego": revelou a minha faceta lírica(?) e romântica(?). Será?. Mudanças lá mais para a frente.

A intranquilidade e ansiedade sempre presentes da Y. perturbaram um pouco o estado de graça. Não sei se vou aguentar muito mais tempo. Para complicado já basto eu.

Comida excelente, sempre. E sempre, também, o sol e o mar... o calor.

Regressei ontem, bronzeado, pronto para o fim do ano (sempre um pouco agitado) aqui no Lux. Não sei o que vou fazer durante o Verão. Talvez Grécia novamente... Atenas e Creta e uma ou outra ilha mais... mas o mais provável será ficar em Portugal. Logo se verá.

Uma coisa é certa: a minha expectativa em relação às pessoas está a baixar, como eu tinha previsto... É bom, acho eu! Talvez me deixe um pouco frio e insensível... mas é melhor assim.

aniversário (algo) triste

Faz hoje um ano, sim...

Será que te lembras? Provavelmente não...

Pela primeira vez, vimo-nos.

Encontrámo-nos e jantámos, apenas...

Simples.

Intenso.

"Atanvá"...

senti = sem ti

Bom sentir que fiz escolhas certas.

Que me sinto (quase) em paz.

Para a frente é que é o caminho!

Não procedi de forma incorrecta com ninguém.

Não enganei ninguém.

Apenas senti!

Afinal não há mal nisso.

Há que sentir!!!!!

Isso, sim, é importante:

SENTIR...

mais uma descoberta

Ontem passei a tarde no Thêatre du Centaure.

Foi a primeira vez que lá fui. É mesmo no centro, quase lado-a-lado com o Palácio Grã-Ducal...

Estava a decorrer um ensaio de um grupo amador coordenado pela L. (uma colega da escola).

Foi por isso que fui lá. A M. (uma colega eslovena lindíssima) , que é um dos elementos do grupo, tinha-me dito para aparecer, se quisesse... para opinar...

Apareci com a Y. e com o T., já a meio da tarde. Gostei imenso do espaço, pequeno mas com um ambiente extraordinário.

Assitimos a tudo. A peça é uma reprise do que a L. fez o ano passado com os alunos. Uma selecção de textos (alguns diferentes, este ano) sobre os exilados e os emigrantes (afinal somos quase todos por aqui!). Discutimos no fim: "esta cena não está muito boa, acho que a devias retirar... ou refazê-la talvez", "na cena do autocarro não podes olhar para o público, Jean-Marc!"... Foi engraçado poder participar na discussão. Aparentemente o resultado este ano é bem melhor. Na minha opinião isso deve-se, essencialmente, à heterogeneidade etária. A idade dos actores varia entre os 16 e os 65 anos. Torna tudo mais credível. Talvez para o ano tente algo parecido... Devia ser divertido, eu a representar em francês... eheheheh.

Terminaram e fomos beber um copo num bar ali ao lado...

Acabámos por jantar num chinês mesmo colado ao teatro. No fim fomos ao O'Bar... inevitável!!

mais um pouco de cultura

Esta semana, apesar dos pesares, correu bem... de forma fluída! O fim aproxima-se a passos largos!!

Na quinta-feira, fomos ver, no âmbito do Cine Die, um filme grego, "Politiki kouzina" (em inglês "A touch of spice"), que através de ambientes culinários nos fala da deportação dos gregos turcos de Istambul (Constatinopla) para Atenas, a meio da década de 60. Comédia e drama de situações bem apresentadas...Gostei.

Não deixa de ser estranha a coincidência de o D. me ter falado tão entusiasticamente deste filme (ele é um grande fan da Grécia - vá la saber-se porquê... eheheheheh) e o filme ter surgido nesta rúbrica Cine Die do Utopia...

Sexta-feira: "Vsprs". Teatro coreográfico:mistura de teatro, dança e ópera, adaptando "Les Vêpres de la Vierge", de Monteverdi. Para mim, que sou um leigo em ópera, pouca coisa me chocou. Mas, aparentemente, para os puristas, esta encenação foi quase um escândalo. A acção posiciona-se num hospital psiquiátrico. Os dançarinos são os doentes, com os seus movimentos repetitivos e descoordenados. Alguns dos movimentos chocaram alguns espectadores que foram (esses alguns) abandonando a sala. Enfim, foi mais uma experiência musical. Decididamente, não posso dizer que não gostei...

DAQUI A UMA SEMANA ESTOU NOVAMENTE DE FÉRIAS!!!!!!!!

A seguir duas imagens de possíveis sítios que visitarei:

Depois falarei disto e colocarei aqui as minhas fotos!!!

quase poesia

Cada pessoa que passa na nossa vida passa sozinha,

porque cada pessoa é unica e nenhuma substitui a outra.

Cada pessoa que passa na nossa vida passa sozinha,

mas não vai sozinha e nem nos deixará só,

porque leva um pouco de nós e deixa um pouco de si.

Há os que levam muito e deixam pouco,

há os que levam pouco e deixam muito.

by: um perfil perto de si :-)

(era óbvio que não poderia ser meu...

...nunca fui muito dotado para a poesia!

Mas gostei do que li...e reescrevi aqui...)

pequenas reflexões...

O "velho eu" recomeçou a aparecer. Deixar-me um pouco de virtualidades. Aproveitar.

Esperar menos das pessoas é outro passo. Criar menos expectativas. Assim não saio desiludido das coisas... e também não desiludirei.

Controlar-me. Tornar-me talvez um pouco mais frio, mais ausente (se calhar já o era, mas enfim...).

Entregar-me nos momentos certos. Ainda nunca o fiz... talvez porque não fossem aqueles os momentos certos... ou talvez fossem... sei lá... we never know! De qualquer forma, não sou o único a não me entregar...

As contradições permanecerão, talvez... também as incertezas. Nunca a indiferença.

Tenho de mudar... :-)

...e maio continua...

Ontem foi o Dia da Europa. Metade deste país parou... eheheheh... as instituições não funcionam nuncam no dia 9 de Maio. Mas a EE aparentemente nada tem a ver com isto! Trabalhámos normalmente. E ainda bem. Faz-me bem trabalhar. É a minha terapia. Quanto estou na minha sala esqueço-me de todos os meus problemas, ansiedades e angústias...

Conversas estranhas... conversas esclarecedoras... Definitivamente tenho de "fechar para obras" (devia, talvez seja a melhor palavra). Mas não quero: queria estar contigo...

Perco-me em argumentos que caiem no vazio. De qualquer forma nunca tive muito jeito para argumentar. Mais uma das minhas fraquezas, talvez...

Obrigado Y... tens sido uma excelente amiga. Com todos os meus fantasmas, com todos os problemas (quase) virtuais. Tens estado sempre lá para mim. Apesar de tudo isto ser um pouco estranho... nunca ridicularizas.

Tenho de recuperar o "velho eu": divertido, mais alegre, menos cabisbaixo...

back... eu e as minhas contradições

Fim de semana em Paris.

Viagem de comboio até à Gare de l'Est. Tranquilo.

Ficámos, como da outra vez, no Hôtel de Suez, no Boulevard Saint Michel, quase em pleno Quartier Latin. Excelente localização e excelente ambiente. É bom estar em Paris!

No sábado passeámo-nos, sem destino, entre Beaubourg e o Marais. Gosto muito do Marais, é o meu local preferido em Paris. Pequenas lojas, pequenos restaurantes, sempre algum movimento mas sem exageros. Lembrei-me de ti... mas adiante...

De vez em quando parávamos e tomávamos qualquer coisa... sempre a ver a gente que passava. Gosto.

À noite fomos ao Athénée Théâtre Louis-Jouvet (não muito longe da Ópera Garnier) ver "Le Bagne", de Jean Genet, sua última peça... inacabada. A acção desenrola-se num campo de prisioneiros na Guiana Francesa. Todas as relações de amor e ódio que aí se criam (mais amor que ódio... ou talvez não). Encenação grandiosa, para um pequeno teatro como o Athénée. Senti falta de chama. Este era o cartaz de apresentação da peça:
Domingo: mais passeio. O dia estava muito bom, com sol. Fomos a pé até à Place de la Concorde. Andámos... andámos... andámos.

Voltamos a Saint Germain. Almoçámos no Les Editeurs e fomos de novo ao Marais...

Tenho andado todo trocado (como mostra a foto, tirada à frente do Hotel de Ville) .

...mas isto há-de passar!!!... eheheheheh

the end

Estes "apontamentos e pensamentos", incialmente chamados "fugas", deixaram de fazer sentido.

As fugas desapareceram... surgiu, durante algum tempo (não muito) a calma, a tranquilidade.

Foste o sentido da minha existência durante o último ano (faz daqui a dias um ano que nos encontrámos pela primeira vez).

Não há muito que acrescentar... pois não?

Era um jogo perdido desde o início. Eu percebi-o. Tu és como és (com o teu carinho, a tua indiferença, a tua frieza, a tua ironia...). Eu sou como sou (com as minhas fraquezas, as minhas indecisões...).

Talvez nos voltemos a encontrar... um dia... quem sabe?

Tu também escolheste. E forçaste-me a escolher. Eu nunca fui uma variável nessas escolhas. Queria que tivesses sido uma variável nas minhas.

Sinto-me triste...

Vou mudar-me para outro sítio... talvez.

Ah...e claro: parabéns!

Mas só um conselho: não jogues, nem brinques, com os sentimentos das pessoas...

De qualquer forma, quem sou eu para dar conselhos, certo?... apenas alguém que gosta muito de ti!

maio II

Antecipei-me ontem. Falei antes do tempo. "Maio começou bem". Tinha começado. Ainda era só dia 3. Antecipei-me, definitivamente. E já eram 17:56...

O que eu mais temia sucedeu. A pessoa de quem eu gosto (que amo... porque não dizê-lo?) já não está só.

É doloroso realizar isso. "O amor é um lugar estranho"...

Não existiam opções. A distância é algo inultrapassável. Estava consciente que, mais tarde ou mais cedo, isto tinha de acontecer.

Foi um ano de uma espécie de namoro à distância. Doloroso, sofrido (quero acreditar que da outra parte também o foi). Foi em Maio do ano passado que nos conhecemos. A consciência da distância esteve sempre presente. A tentativa de afastamento também. Eram sempre tão difíceis os momentos da partida. Esses momentos existiram 3 vezes: no final do verão, no fim das férias do Natal e, agora, no final das férias da Páscoa.

O mês de Julho do ano passado foi, sem dúvida, o mês mais feliz da minha vida. Depois de um jantar tranquilo e de um passeio à beira doTejo, beijámo-nos pela primeira vez. Nunca tinha sentido o que ele me fez sentir... E foi mesmo ali... um pouco na sombra, a medo, com a Ponte Vasco da Gama por cima. Parece ridículo e lamechas contado assim, mas foi o momento mais intenso da minha vida (poderão pensar, por isso, que a minha vida não tem sido lá muito engraçada... eheheheh... talvez tenham razão, não sei!). Deixei de ter medo. Durante o mês de Julho estivémos juntos algumas vezes. Foi sempre tão bom. As conversas que fluiam. As bocas que se tocavam. Os corpos... Eu gosto dele. Ele também gostava de mim. Tenho a certeza!

Durante o mês de Agosto começa a primeira tentativa de afastamento. Era difícil, eu sei. Mas eu estava disposto a tudo. Só teríamos de esperar um ano, o que talvez não fosse pouco...

Em Outubro, à volta dos dias dos nossos aniversários existia, aparentemente, outra pessoa. Sofri. Mas tinha de aceitar (não sei se aceitar é o termo correcto... mas foi o que fiz).

Regresso no Natal. Queria estar com ele. Matar saudades... Redescobri-lo. Estivémos juntos uma única vez. Porque não estivémos mais vezes... não o sei. Só sei que adoraria que nos tivéssemos encontrado uma vez, uma única vez, mais. Queria partilhar com ele as minhas dúvidas, as minhas angústias... a minha vida. Não foi possível. O afastamento (o segundo)pareceu-me definitivo. Optei...

O afastamento durou até há cerca de um mês meio. Voltámos a falar. Queríamos estar juntos de novo.

Voltei na Páscoa. Tivémos uma tarde de Sexta-Feira Santa que nunca vou esquecer durante toda a minha vida. Estava um dia cinzento, mas o que tive com ele foi uma luz intensa. Conversámos. Percebi que ele gostava de mim... Mas voltou a haver novo afastamento.

Chegámos ao dia 3 de Maio e pufff... Ele está com outra pessoa. Sinto-me triste. Muito.

Mas tenho de perceber. Segundo ele, eu fiz a minha opção. Não é verdade...

Aquilo que eu desejo é que ele seja feliz. É alguem de extraordinário. Frio por vezes. Mas se calhar tinha de o ser. Eu não conseguiria. Mas ele conseguiu-o. Julgo não ser merecedor disto... mas "that's life"...

Nunca te vou esquecer P...

maio

Maio começou bem. Dia 1: DIA DO TRABALHADOR: não se trabalha! Foi bom o feriado, depois de um fim-de-semana descansado: um jantar em casa da Y., no sábado, com um grupo de pessoas bem agradável... "papoter en français". Foi engraçado.

O feriado serviu para rever "Brokeback Mountain". Desta vez não vi o filme sozinho. Um história de amor, sem dúvida, um tanto anacrónica, talvez. Desempenho dos actores impecável, em especial a interpretação contida de Heath Ledger. Será Enis o personagem que mais sofre? Ou será Jack? Eu arriscaria, apesar de tudo que é Enis. As lutas interiores são sempre difíceis. Às vezes é já tarde demais para as ultrapassar.

2 de Maio: "Mozart Short Cuts".

Mais uma incursão minha pelo mundo da ópera (que tão pouco conheço). Não saí desiludido deste "mix" de óperas menos conhecidas de Mozart. Excelente encenação (são quase sempre, aqui por estas terras...), que coloca a acção na entrada de um hotel, nos anos 60. A mistura resultou perfeita, com histórias de amor e traição... eheheheh... a introsarem-se umas nas outras ora em alemão ora em italiano... sempre com legendas em francês!

Entretanto, esta semana, decidi, como tenho tempo, ver com a turma do 2.º ano o filme "Capitães de Abril", de Maria de Medeiros. A semana passada, no dia 25 de Abril, falámos um pouco sobre o que tinha sido e o que tinha acontecido (estes miúdos, aqui, e mesmo em Portugal - o que talvez seja ainda mais estranho -, estão um pouco afastados da nossa história recente). Por isso achei uma boa ideia ver e comentar com eles o filme.

Próximo w.e.: Paris!