sábado, abril 01, 2006

strange world

O dia-a-dia num pequeno mundo é muito complicado. Sempre me senti bem em sítios de pequena dimensão, onde existam poucas pessoas. Vim de uma aldeia (com a cidade ali ao lado, claro! Indispensável!) para uma cidade que não é mais que uma aldeia. É bom viver numa aldeia, que é o que é esta cidade, tendo tudo o que uma verdadeira cidade pode proporcionar. O que é, de facto, complicado é a convivência quase exclusiva com o mesmo grupo de pessoas. Não existem muitas alternativas. De algum modo tenho encontrado essas alternativas, felizmente. Trabalhar num grupo fechadíssimo de 8 pessoas, em que as reacções às coisas parecem de adolescentes com vontade de protagonismo inexplicável... é isto que é complicado. Não existe verdade nem frontalidade.
Finalmente esta semana (e reparem: eu estou aqui já há 1 ano e meio), consegui falar com 2 destes elementos... sem máscaras. É óbvio que não foi uma grande novidade. Todos cedemos. Mas uma coisa é certa: não nos podemos anular.
É tudo estranho: o medo, a partilha inexistente, a hipocrisia... Há um pouco de tudo.
Ainda bem que não tenho de lidar só com profs... existem os alunos... os adolescentes... os verdadeiros... Ainda bem!
De qualquer forma, daqui a 1 semana estarei em Portugal... eheheheheheheh

2 Comments:

Blogger Unknown said...

Costumo dizer que as cidades são aldeias sem as coisas boas que as aldeias têm... nas cidades falta a solidariedade que é marca registada das aldeias. No fundo é a compensação de todos nos conhecerem até á 5ª geração. Ou de conhecerem os nossos antepassados melhor do que nós....
Mas o teu post não era sobre isto....
Os locais de trabalho são sítios estranhos. Passamos lá mais tempo do que passamos com a nossa família, ou com os nossos amigos, mas não podemos deixar que as tensões resultantes dessa proximidade se reflictam no resultado do nosso trabalho. Por isso a escolha acaba por ser entre uma amizade meio falsa, um companheirismo leve ou um ódio reprimido....e quando temos muita sorte (e eu até tenho) encontramos pessoas fantásticas que se tornam os amigos da idade adulta.
Mas agora que somos “adultos” (odeio esta palavra e os seus significados e consequências) já não podemos resolver os nossos problemas com uma boa discussão e uma briga.... é pena.
Mas ao conseguir falar (no verdadeiro sentido da palavra) com dois dos teus colegas já ganhaste uma das batalhas.... e quem sabe, talvez encontres alguma das pessoas fantásticas que andam por esse mundo fora.

Boa viagem de regresso. voltar a casa é o melhor de qq viagem...

4:52 da manhã  
Blogger runaway said...

Excelente comment!!!

Dos melhores que já tive!!!

Obrigado.

2:13 da tarde  

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